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Os desafios e o potencial da Agricultura
Urbana e Periurbana em Belém
Nas ilhas, no continente, nas escolas, nas unidades de saúde ou nos quintais das casas. Açaí, cacau, mandioca, hortaliças e plantas medicinais. Familiar e comunitária. Para comercialização e autoconsumo. A agricultura está presente de diversas formas na capital paraense.
2 Você sabia?
A agricultura urbana e periurbana
em Belém tem o potencial de
abastecer com legumes e verduras
1,7 milhão
de pessoas.
Isso é mais que toda a população
de Belém (1,5 milhão)!
Também pode
suprir mais de
950 mil
pessoas
com bebida de
açaí por ano…
e gerar
3.267
empregos.
89%
dos estabelecimentos
agropecuários de Belém
são da agricultura familiar.
11%
da população da Região Metropolitana
de Belém (RMB) compra alimentos
nas feiras. No resto do Brasil, esse
número é de apenas 4%.
80%
dos alimentos
comercializados na
CEASA do Pará vêm
de outros estados.
Os alimentos
e o território
Qual a relação entre os alimentos e o território urbano?
Explore a imagem para acessar os dados e entender como se configuram as relações de produção, abastecimento, comercialização, consumo e instituições que compõem o sistema alimentar urbano de Belém e região.
A Agricultura Urbana e
Periurbana em Belém
Nesta seção, observamos mais de perto a agricultura praticada na capital paraense, seja ela urbana (realizada dentro da área urbanizada) ou periurbana (nas regiões mais afastadas e menos urbanizadas, chamadas de franjas da cidade). Os dados são oriundos do Censo Agropecuário e do mapeamento das experiências de agricultura realizados in loco pelo presente estudo.
Foto: Moisés Savian/ Acervo Instituto Escolhas
O Censo Agropecuário de 2017 (IBGE) identificou 601 estabelecimentos agropecuários em Belém:
agropecuários de acordo com a área
{{cada.name}}
dos estabelecimentos
têm menos de 20 hectares.
dos estabelecimentos são
de agricultura familiar.
dos estabelecimentos são chefiados
por mulheres, percentual acima do
estado (20%) e país (17%).
dos estabelecimentos produzem
açaí, 53% por meio de cultivo
e 16% por meio de extrativismo.*
dos estabelecimentos
produzem macaxeira.
animal mais frequente, verificados em
12% dos estabelecimentos.
frequentes são cebolinha, couve,
caruru, alface, chicória e cheiro verde.
vinculados ao Programa Nacional
de Reforma Agrária.
De forma complementar, a pesquisa produziu um mapeamento visual das áreas de agricultura no município, por meio do geoprocessamento e da análise de imagens de satélite. Foram delimitados 163 polígonos, totalizando uma área de 235,2 hectares.
Essas áreas, assim como a dos estabelecimentos do Censo Agropecuário, podem ser identificadas em nosso mapa interativo.
Os tipos de agricultura
em Belém
Um aspecto essencial para se observar na relação de Belém com a produção dos alimentos é a localização dos terrenos produtivos: nas áreas de várzea – suscetíveis a inundações periódicas –, predominam o extrativismo e o manejo florestal. Em terra firme, destacam-se a horticultura, as lavouras temporárias e o açaí cultivado. O estudo identificou oito tipos de agricultura em Belém.
Estudos de caso de
Agricultura Urbana
Aqui, você encontra análises da viabilidade econômico-financeira de alguns tipos de agricultura urbana e periurbana em Belém, selecionados de acordo com a localização geográfica, a diversidade e o sistema de produção, entre outros critérios.
Mapa Interativo
as categorias ao lado
as categorias abaixo
Uso do solo
?Elaboração própria a partir de imagens de alta resolução do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) de 2020.
Áreas de ambientais e assentamentos
Agricultura urbana e periurbana
Estabelecimentos agropecuários
Georreferenciamento dos estabelecimentos, de acordo com o Censo Agropecuário do IBGE de 2017.
Polígonos agricultura
Georreferenciamento dos polígonos de agricultura mapeados pelo estudo a partir de imagens de satélite e com utilização de marcadores visuais.
Oferta e comercialização de alimentos
Estabelecimentos públicos
?Georreferenciamento realizado a partir dos dados de 2022 disponibilizados pelas Secretaria Municipal de Economia/Departamento de Feiras e Mercados e Secretaria Municipal de Educação e Cultura/Núcleo Setorial de Planejamento. Para mais informações, baixe os dados georreferenciados na seção Créditos.
Estabelecimentos privados
?Distribuição dos estabelecimentos que comercializam produtos in natura, misto e ultraprocessados no território, de acordo com a população residente.
Análise realizada a partir da classificação dos estabelecimentos comerciais listados na Relação Anual de Informações Sociais de 2019, segundo os critérios propostos no “Estudo técnico: Mapeamento dos Desertos Alimentares no Brasil” de 2018. Disponível em: https://bit.ly/MapeamentoDesertos.
Os estabelecimentos classificados nas categorias in natura/misto ou ultraprocessados foram georreferenciados a partir do CEP (informação disponível na RAIS), localizados no território por meio da API do Google (geolocation) e agregados em uma malha hexagonal de 1 km.
O número total de estabelecimentos foi dividido por população residente em cada malha, obtida a partir de uma extrapolação do Censo de 2010 dos setores censitários, utilizando escala de 5 mil habitantes.
Próxima parada: Belém da
agricultura urbana sustentável
Qual o potencial da agricultura urbana de Belém se praticada de forma sustentável? Em que espaços ela pode ser desenvolvida? Quantas pessoas ela poderia alimentar? Nesta seção, você encontrará dados que buscam responder essas questões.
Um dos passos para fomentar a agricultura nas cidades é a identificação de espaços adequados para o desenvolvimento da atividade. Áreas não edificadas, terrenos não utilizados ou subutilizados, sem cobertura florestal, podem ser, potencialmente, dedicados para a agricultura urbana. Pensando nisso, o estudo mapeou 699 polígonos de áreas públicas ou privadas em Belém, que poderiam ser ocupadas pela produção de alimentos. As áreas, cuja soma equivale a 1.170 hectares, podem ser visualizadas no mapa ao lado.
A destinação de parte desses espaços para a produção agrícola, somada à melhoria da produção em áreas da cidade onde alimentos já são cultivados, serviu como base da simulação de dois cenários, que usaram modelos de produção sustentável distintos para explorar o potencial da agricultura urbana e periurbana em Belém. Confira os resultados.
Espaços potenciais
Áreas não edificadas e terrenos não utilizados ou subutilizados, sem cobertura florestal, podem ser, potencialmente, dedicados para a agricultura urbana.2 Modelos de agricultura urbana sustentável em Belém
Modelo A - Lote Agrícola
Modelo B - Lote pluriativo
Ocupação intensiva de espaços
potenciais para a agricultura urbana
Incremento da produtividade
dos sistemas biodiversos
Terra firme
Várzea
0,5 hectare
5 hectares
Hortaliças (cultivo protegido) e macaxeira
Açaí (manejo de mínimo impacto)
2 pessoas em período integral
Diarista
Apropriados para a produção orgânica, com demanda permanente de sementes, adubação e tratamento fitossanitário.
Não utiliza
Entre R$ 13 mil e R$107 mil (considerando a aquisição de um veículo utilitário no cenário de maior investimento)
R$ 9.360,18/hectare
Ano todo
Ver detalhes deste modelo aquiCenário 1
Implementação
Modelo A
Característica da área considerada
310 hectares de espaços potenciais (não utilizados) em Belém com área superior a 5.000m², equivalente a 26% do total mapeado, e 34 hectares de áreas já produtivas.
Tamanho total da área simulada
344 hectares
Legumes
e verduras
19.405
toneladas
por ano
abastecimento
de pessoas
ao ano*
1.376
pessoas
Cenário 2
Implementação
Modelo B
Característica da área considerada
3.907 hectares de áreas que já produzem açaí (lavouras permanentes e extrativismo) e 1.441 hectares de áreas potenciais que ainda não realizam o manejo do fruto.
Tamanho total da área simulada
5.348 hectares
Açaí
30.431
toneladas
por ano
abastecimento
pessoas ao
ano*
da população
de Belém
1.891
pessoas
Segurança alimentar em bairros
economicamente vulneráveis
No bairro Tenoné, localizado no distrito de Icoaraci, foram mapeados
48 hectares de potenciais espaços
para agricultura urbana.
Caso fossem ocupados com unidades produtivas no modelo Lote Agrícola, seria possível produzir
2.683 toneladas de alimentos por ano, capazes de abastecer 230 mil pessoas e gerar emprego e renda para 191 pessoas.
Atualmente, o bairro possui quase 6 mil famílias cadastradas no CadÚnico para acessar políticas de assistência social, entre elas, políticas de renda e acesso a alimentos, com impacto direto na segurança alimentar.
Confira 11 ações para promover a
agricultura urbana sustentável em Belém
Foto: Moisés Savian/ Acervo Instituto Escolhas
Promover o acesso dos agricultores do município à assistência técnica, com o objetivo de aumentar a produtividade e melhorar os sistemas produtivos, o gerenciamento da atividade e a comercialização.
Promover as regularizações fundiária e ambiental dos estabelecimentos agrícolas existentes.
Estimular a concessão de áreas públicas sem destinação ou uso para a agricultura urbana.
Articular órgãos dos governos estadual e federal para garantir o acesso por parte dos agricultores de Belém a políticas de assistência técnica, crédito e outras.
Promover, em parceria com instituições públicas e privadas diversas, a capacitação e a mobilização dos agricultores do município para o cooperativismo e a organização das cadeias produtivas, como forma de facilitar a comercialização de alimentos e a obtenção de insumos e equipamentos para o processo produtivo.
Promover políticas de apoio ao escoamento de produtos da agricultura urbana das ilhas para o continente, via transporte fluvial.
Promover políticas de estímulo à aquisição de alimentos da agricultura urbana por parte de restaurantes, mercearias e supermercados do município, promovendo circuitos curtos de comercialização.
Estimular o reconhecimento e a certificação da produção orgânica e agroecológica no município.
Promover a aquisição de alimentos da agricultura urbana por meio das compras institucionais do Município (escolas, hospitais, restaurantes populares).
Criar um Serviço de Inspeção Municipal (SIM) que possibilite a adequação e agregação de valor da produção local.
Inserir a agricultura urbana e periurbana no plano diretor municipal, instrumento de planejamento territorial e regulação do uso do solo.
Método
Os métodos de pesquisa aplicados foram inspirados no estudo “Mais perto do que se imagina: os desafios da produção de alimentos na metrópole de São Paulo”, lançado pelo Instituto Escolhas em 2020.
A partir do recorte geográfico da cidade de Belém e de sua região metropolitana, fez-se um amplo levantamento dos dados secundários disponíveis sobre as relações de produção, comercialização e consumo que caracterizam o sistema alimentar urbano regional. Os dados foram analisados, tratados e apresentados de forma descritiva e, quando possível, georreferenciada.
As agriculturas praticadas em Belém foram alvo de uma análise detalhada, que mobilizou dados secundários e primários (coletados pela equipe de pesquisa dedicada ao estudo), quantitativos e qualitativos. O estudo estruturou, ainda, uma tipologia das agriculturas belenenses, a partir da qual foram selecionados cinco casos para a aplicação de modelos de análise econômico-financeira.
A partir dos resultados da análise econômico-financeira, foi possível elaborar modelos hipotéticos de unidades produtivas e simular o potencial de produção de alimentos e de geração de empregos no território de Belém. A simulação contou com dados georreferenciados dos espaços vazios na cidade.
Todos os dados levantados pelo estudo, assim como mais informações acerca da metodologia e do referencial utilizado, estão disponíveis nos links abaixo:
BAIXE O RELATÓRIO COMPLETO PARTE 1 BAIXE O RELATÓRIO COMPLETO PARTE 2Os desafios e o potencial da agricultura urbana e periurbana em Belém
Estudo idealizado pelo Instituto Escolhas.
Coordenação Geral – Instituto Escolhas
Jaqueline Ferreira, Camilla Guimarães e Vitória Leão.
Equipes de Pesquisa
Análise sistema alimentar: Osvaldo Aly Jr., Fernando Gaiger Silveira, Bernardo Campolina e Alan Nunes Araújo.
Análise agricultura urbana e periurbana: Moisés Savian, Sheryle Santos Hamid e Caio Cezar Ferreira de Souza.
Mapeamento de instituições: Ciria Rosa.
Georreferenciamento estabelecimentos: Carolina Passos.
Design e desenvolvimento
Edição de texto
Cinthia Sento Sé e Jaqueline Ferreira
Revisão de texto
Luisa Ghidotti
Como Citar
Instituto Escolhas. Os desafios e o potencial da agricultura urbana e periurbana em Belém. São Paulo: 2022.
Modelo A - Lote agrícola
Nesta primeira simulação, a área seria usada para horticultura, sendo que 20% (1.000 m2) receberia o cultivo protegido com a utilização de túneis baixos, para garantir a produção de folhosas mesmo no período de maior pluviosidade. Outros 1.000 m2 abrigariam uma cultura de ciclo – neste caso, a macaxeira – com o objetivo de reduzir a intensidade do trabalho diário, possibilitando o manejo do lote por apenas duas pessoas trabalhando em tempo integral.
Três cenários de comercialização e logística foram pensados para este modelo: a venda direta ao consumidor no próprio lote, a comercialização por atacado e a comercialização em feiras. A análise econômica aponta como melhor cenário a comercialização direta nas feiras (agricultor varejista), seguido da venda por atacado – que, no entanto, exige maior investimento inicial e tempo de retorno mais extenso. Esse resultado poderia ser otimizado com o compartilhamento da estrutura de comercialização com outros agricultores.
Todos os cenários simulados demonstram a viabilidade econômica do modelo, cuja aplicação dependerá de políticas públicas de acesso a crédito e apoio técnico. Para os cenários em que o agricultor se aproxima do mercado, o financiamento é essencial para viabilizar a aquisição do veículo utilitário. No cenário do agricultor varejista, são importantes o planejamento municipal e a disponibilização de espaços adequados para que os agricultores possam participar das feiras.
Modelo B - Lote pluriativo
Este modelo propõe a intensificação da produção de açaí em área de sistemas agroflorestais por meio da adoção de técnicas de manejo de mínimo impacto ambiental nos açaizais nativos, método desenvolvido pela Embrapa (acesse o relatório técnico para mais detalhes).
A introdução da tecnologia desse manejo prevê a combinação adequada de diferentes árvores, açaizeiros e outras palmeiras, em toda a área, de modo a evitar a competição por luz entre elas e garantir a manutenção da biodiversidade. A técnica pode ampliar o período de colheita de dois para sete meses ao longo do ano e gerar um aumento da produção para 8,4 t/ha, quando a produtividade média é de menos de uma tonelada por hectare em Belém. Os custos para a implantação e a manutenção do manejo estão ligados, principalmente, à necessidade de mão de obra. A comercialização é realizada diretamente para feirantes e batedores, fácil entrada e escoamento no mercado.
Se combinado ao apoio técnico e ao crédito rural, o manejo de mínimo impacto pode gerar ganhos ainda mais significativos para a produção deste produto fundamental para a cultura alimentar de Belém.
Instituições de pesquisa
Conheça algumas instituições que desenvolvem pesquisas e projetos de extensão sobre o sistema alimentar de Belém e região e sobre a agricultura urbana e periurbana no município.
Poder público
Vários órgãos do poder público atuam e têm influência nas relações de produção, comercialização e consumo de alimentos na cidade de Belém. Confira.
Empresas
Ao definirem suas estratégias de negócios, as empresas podem ter papel relevante na configuração de sistemas alimentares mais sustentáveis. Este estudo mapeou algumas empresas do setor privado envolvidas em atividades desse teor.
Organizações da Sociedade Civil
Em Belém e região, organizações da sociedade civil mobilizam pessoas e outras instituições para o desenvolvimento de projetos ou ações em prol do tema da alimentação. Algumas delas foram mapeadas para este estudo.
População de Belém e região
Os territórios urbanos, devido à sua alta concentração populacional, constituem-se como grandes polos consumidores, com forte influência na forma como os alimentos são produzidos e comercializados. Características como a cultura, o tamanho e a distribuição etária da população orientam a demanda por alimentos. As escolhas alimentares das populações nesses territórios têm impacto direto na forma de produção e de comercialização, nos preços dos alimentos, na geração de emprego e de renda e no meio ambiente.
Fonte: IBGE, 2011
A distribuição da população, considerando as faixas de idade e o gênero, é muito parecida com a do restante do país, sendo que 58% da população de Belém encontra-se em idade economicamente ativa (20-59 anos).
{{cada.name}}
A economia dos alimentos
Metropolitana de Belém
(RMB) representou 28% do PIB do
estado do Pará (55 bilhões de reais).
sozinho, foi responsável por
18% do PIB do
estado do Pará e por 66% do PIB da RMB, com
R$ 32 bilhões
de reais.
O setor de serviços teve a maior participação no valor adicionado do PIB, tanto na RMB (63%) quanto no município de Belém (67%). Por outro lado, o setor agropecuário contribuiu com apenas 0,3% para o PIB da capital.
No entanto, há diferenças significativas quando olhamos a participação desse setor no PIB de outros municípios da RMB. Em Castanhal, Santa Bárbara do Pará e Santa Izabel do Pará, municípios que abastecem com alimentos a RMB, o valor adicionado pelo setor agropecuário correspondeu a 4%, 5% e 14% dos PIBs municipais respectivamente.
indústria, o comércio e os
serviços de alimentos na
RMB contabilizaram
empregos
em 2020
ocupada da RMB
{{cada.name}}
Como se pode perceber em detalhes no gráfico abaixo, as pessoas entre 25 e 49 anos formam a maior parte da mão de obra do segmento agroalimentar, assim como dos outros setores.
{{cada.name}}
Dados específicos do Ministério da Economia (ME) sobre o município de Belém mostram que o segmento agroalimentar representa somente 5% do total de empregos e 2,2% da massa salarial total da cidade. Em relação à distribuição da massa salarial no próprio segmento agroalimentar, os maiores ganhos são observados nos setores industriais e de serviços. Observa-se uma redução consistente desse dado no setor agropecuário ao longo dos anos.
{{cada.name}}
O perfil dos estabelecimentos do setor agroalimentar varia bastante entre o município, a região metropolitana e o estado. No caso dos dois primeiros, predominam os setores de serviços e comércio, seguido pelo setor industrial. No caso do estado do Pará, há um predomínio do setor primário.
{{cada.name}}
O uso do solo em Belém
possui
1.059 km2de território
O incremento dessa área deu-se, especialmente, pela incorporação de
florestas (65,3%), formação campestre (21,5%) e pastagem (11,7%).
2 Formação campestre e apicum;
3 Pastagem e agricultura;
4 Praia, duna e outras áreas não vegetada;
5 Rio, lago e oceano.
O município de Belém conta com duas áreas de proteção ambiental e quatro parques com regras específicas de uso do solo para a conservação da vegetação natural.
para visualizar a dinâmica
do uso do solo em Belém
Consumo de alimentos
A despesa média com alimentação na Região Metropolitana de Belém (RMB) representou 20% do orçamento familiar. Entre as famílias mais pobres, com renda per capta de R$355 mensais, esse percentual chegou a 28% do orçamento familiar.
Em média, 27% das despesas familiares com alimentação na RMB são feitas fora do domicílio – valor abaixo da média nacional (33%). Entre os mais pobres, esse índice cai para 9%. Já entre os mais ricos, com renda per capta de R$ 3.828 mensais, sobe para 38%.
Produtos regionais como o açaí, a farinha de mandioca e o pescado têm grande peso nas despesas do orçamento familiar com alimentos na RMB, se comparados com a média de gastos do Brasil. Em contrapartida, observa-se uma menor participação nos gastos com produtos como legumes, verduras e frutas.
na Região Metropolitana de Belém, 2017/2018
O pescado representa 12% dos gastos totais com alimentação e 48% dos gastos com Carnes, vísceras e pescados. No Brasil esses valores alcançam 5% e 24% respectivamente.
O pescado representa 12% dos gastos totais com alimentação e 48% dos gastos com Carnes, vísceras e pescados. No Brasil esses valores alcançam 5% e 24% respectivamente.
O pescado representa 12% dos gastos totais com alimentação e 48% dos gastos com Carnes, vísceras e pescados. No Brasil esses valores alcançam 5% e 24% respectivamente.
Segurança alimentar
Uma população em segurança alimentar é aquela que tem garantido o acesso regular e permanente a alimentos de qualidade, em quantidade suficiente e sem comprometer a satisfação de outras necessidades essenciais.
Em 2018, mais da metade da população da Região Metropolitana de Belém (RMB) se encontrava em situação de insegurança alimentar (grave, moderada ou leve). Os dados mostram ainda que o problema é maior na RMB do que em outras regiões metropolitanas do país.
{{cada.name}}
Disponível em: https://www.ibge.gov.br/estatisticas/.... Acesso em: 08 set. 2022.
* Escala Brasileira de Insegurança Alimentar.
** Devido ao arredondamento, os percentuais podem não somar 100%.
A renda e o preço dos alimentos são aspectos muito importantes quando o assunto é a garantia da segurança alimentar. Há significativa desigualdade de renda na RMB: em 2018, os 20% mais ricos contavam com uma renda mensal per capita 10,8 vezes superior à dos 20% mais pobres.
Além disso, desde 2006, os preços dos alimentos na RMB crescem mais do que a média nacional, com alta acentuada no período recente da pandemia (a partir de janeiro de 2020). Considerando os produtos de grande importância na alimentação local (açaí, farinha e pescado), destaca-se a tendência de oscilação e de aumento do preço da farinha.
* Foi atribuído o valor de 100 ao período base de julho/2006 para elaboração do índice dos preços dos alimentos, que mostra inflação acumulada (acima de 100) ou deflação (abaixo de 100).
De onde vêm os alimentos?
As Centrais de Abastecimento do Estado do Pará (CEASA/PA) são o principal local de comercialização de produtos hortifrutigranjeiros da Região Metropolitana de Belém (RMB), abastecendo as feiras e os estabelecimentos de varejo não pertencentes às grandes redes de supermercados. A partir dos dados da CEASA/PA, foi possível identificar de onde vem parte dos alimentos que abastecem Belém e região.
dos alimentos
comercializados
na CEASA/PA vêm
de outros estados.
Em valores monetários comercializados, essa participação é de 82%. Isso impacta o preço dos alimentos e aumenta o risco de desperdícios durante o transporte. A oferta das hortaliças, produto altamente perecível, seria muito beneficiada caso a demanda fosse atendida pelas produções local e regional.
(R$ de 2021), segundo grupos de produtos, Pará e outros estados (2021)
(folha, flor
e haste)
(fruto)
(raiz, tub. bulbo
e rizoma)
diversos
Ver %
Ver valor absoluto
mi = MilhõesPernambuco, Bahia e Minas Gerais são os estados que mais abastecem a CEASA/PA. Em média, 2 mil quilômetros são percorridos para que esses alimentos cheguem a Belém. Com exceção do Tocantins, nenhum outro estado da região Norte oferta qualquer produto para a CEASA/PA, evidenciando a dependência do transporte rodoviário para abastecer a região.
{{cada.name}}
da comercialização
da CEASA/PA é proveniente
da produção estadual
Os municípios com maior participação no valor total de produtos comercializados no entreposto são: Capitão Poço (27%), Santo Antônio do Tauá (15%), Curuçá (7%) e Santa Izabel do Pará (6%).
Comercialização dos alimentos
A circulação dos alimentos na cidade de Belém acontece por diferentes canais de comercialização: mercados, supermercados, redes atacadistas e varejistas, portos, mercados, feiras públicas e Centrais de Abastecimento do Estado do Pará (CEASA).
As grandes redes de atacado e varejo – de origem local, regional ou nacional – possuem canais próprios de abastecimento das suas lojas, comercializando, inclusive, produtos de outras regiões do país.
Em 2019, a Relação Anual de Informações Sociais do Governo Federal (RAIS) contabilizou
295 estabelecimentos
ligados ao comércio
atacadista
970 estabelecimentos
ligados ao comércio
varejista em Belém
públicos
administrados pela Secretaria Municipal de Economia de Belém (SECON)
- Trapiche de Icoaraci
- Porto Feira do Açaí
- Porto do Ver-o-Peso
- Porto da Palha
- Porto do Açaí
- Porto do Sal
- Porto da praça Princesa Isabel
Em alguns desses portos ocorrem feiras de produtos por atacado, especialmente pescado e açaí, provenientes das ilhas de Belém, de outros municípios e até de outros estados, como o Amapá.
A rede de mercados e feiras públicas é muito relevante para o abastecimento da cidade, com produtos in natura ou pouco processados. Boa parte das feiras do município tem mais de 30 anos, o que evidencia sua relação com a organização do espaço urbano.
As feiras constituem um local de compra de produtos alimentares de destaque na Região Metropolitana de Belém (RMB) representando
compra da região
metropolitana
de Belém
esse número
é de apenas4%
{{cada.name}}
Disponível em: https://www.ibge.gov.br/estatisticas/.... Acesso em: 08 set. 2022.
Atualmente a cidade de Belém conta com 17 mercados públicos e 32 feiras regulares.
Mercados Públicos
comerciantes
Feiras Regulares
feirantes
Os mercados de Belém têm importância significativa no comércio de pescado, carnes e aves.
a prefeitura contabilizou
2,8 milhões de
quilos de peixe comercializados
nesses espaços.
visualizar a distribuição desses
estabelecimentos no território de Belém.